Lugar mágico.
Quando eu e meus primos passamos pelos portões enferrujados,
vi flores gigantescas, anões passeavam de um lado para o outro, casinhas de um cômodo
apenas na cor de terra, com telhas de cerâmica.
Não me lembro o que fui fazer lá! Muitas lembranças são bem claras,
os sorrisos enrugados, os cabelos brancos, as mãos manchadas, pessoas felizes
ao ver crianças. Não vou mentir de alguns tive medo!
O clímax foi quando entramos em uma casinha, a dona se
vestia com roupas de cigana, sentei em uma cadeira no meio do cômodo, e ela
começou a benzedeira, disse palavras estranhas e tocava minha nuca e em minha
cabeça infantil percebi que a cem metros de minha casa, depois da rodoviária existia
um lugar mágico.
Cresci, mudei de casa, casei, mudei de casa e mudei de casa,
certa vez, depois de décadas, passei
novamente pela rua da rodoviária e vi o terreno vazio. Hoje um grande hotel
sendo construído.
As flores gigantes eram girassóis, os anões eram anões comuns, e
aquela senhora vestida como cigana era uma velhinha. Pessoas simples com
sorrisos mágicos.
Comentários
Postar um comentário